STEVE JOBS - A EVOLUÇÃO DO MAC OS
Numa ensolarada manhã de julho de 1997, Steve Jobs voltou a trabalhar na empresa que havia co-fundado vinte anos antes em seu próprio quarto. A Apple estava em uma espiral mortífera. A companhia estava a seis meses da falência. Em poucos anos, a Apple havia deixado de ser uma das maiores empresas de computadores do mundo para se tornar um fracasso. Estava perdendo dinheiro e também sua participação no mercado. Ninguém comprava seus computadores, as ações haviam perdido quase todo o seu valor e a imprensa prenunciava sua morte iminente.
Jobs foi efetivamente chutado da
Apple em 1985, por ser improdutivo e in-controlável. Após perder uma luta de
poder com o então CEO John Sculley, Jobs saiu antes que fosse demitido. Com
sonhos de vingança, fundou a NeXT com o propósito de vender computadores
avançados para universidades e tirar a Apple do mercado. Antes de Jobs retornar
à Apple em 1996, a companhia já havia passado vários anos tentando sem sucesso
desenvolver uma versão moderna do sistema operacional do Macintosh. Desde seu
lançamento, em 1984, o velho Mac OS se transformara em uma colcha de retalhos
de código inchado e instável. Mantê-lo e atualizá-lo tornara-se um pesadelo.
Para os usuários, significava travamentos, congelamentos e reinicializações
constantes — e muitos dados perdidos, muita frustração e raiva. Como grandes
porções do Mac OS ainda eram baseadas em código antigo e decrépito, a Apple
decidiu que tinha que partir do zero. A equipe executiva da Apple na época
decidiu que seria mais fácil (e mais sábio) comprar um sistema operacional da
próxima geração de outra empresa em vez de desenvolver um novo por conta
própria. A busca acabou levando à compra da NeXT, a empresa de Steve Jobs. A
Apple estava interessada no NeXTstep, um sistema operacional surpreendentemente avançado e sofisticado que Jobs havia
desenvolvido durante seus anos de aventuras longe da Apple. O NeXTstep tinha
tudo que faltava ao velho Mac OS. Era rápido, estável e quase à prova de panes.
Tinha recursos modernos para redes — algo essencial na era da internet — e uma
arquitetura modular que era facilmente modificada e atualizada. Vinha também
com uma coleção de excelentes ferramentas de programação, o que facilitava
muito a criação de programas por parte dos desenvolvedores..
“O sistema OS X
era a menina-dos-olhos dele, e ele sabia quão fantástico era”, disse Peter
Hoddie. Jobs revelou o Mac OS X em janeiro de 2000 na Macworld, após quase dois
anos e meio de trabalho por parte de aproximadamente mil programadores. O Mac
OS X foi um empreendimento colossal. Foi — e sem dúvida ainda é — a mais
sofisticada interface para computadores projetada até o momento, com complexos
efeitos gráficos em tempo real, como transparências, sombras e animação.,
Jobs
demonstra o então novo, em 2000, sistema operacional OS X nos EUA.
"Jobs" nunca se interessava pela tecnologia por si mesma. Jamais exagera em acessórios desnecessários, sobrecarregando de funções um produto simplesmente porque são fáceis de acrescentar. Ocorre exatamente o contrário. Ele depura a complexidade dos seus produtos até que fiquem tão simples e fáceis de usar quanto possível.
Fonte: KAHNEY,Leander. A cabeça de Steve Jobs. Agir Editora Copyright © 2008. Tradução Maria Helena Lyra Carlos Irineu da Costa
4ª reimpressão.
Postado por: Kelly de Castro
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